quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Grito para os surdos

São exatamente tantos e não sei quantos dias após minha morte. Digo, após minha carta de liberdade.
Esbarrei com algumas poucas pessoas que quebraram minha redoma. Sobraram dedos eu sei.
Muitos preferiram conversar entre si e tirar suas próprias conclusões.
Tolo, um bando de tolos... Como se a minha pretensão não observasse atentamente as baratas imundas que saiam de suas bocas.
Tentaram me confortar com a falsa saudade.
Estúpidos, saudade de quem?
Não é possível que eu desperte este sentimento tão rápido.
Agora que são exatamente tantos e não sei quantos dias após a entrada na caverna, simplesmente esqueceram de alimentar meus ouvidos com a saudade.
Onde estão todos, todos, todos, todos, odos, odos, odos...
Descobri que estou muda.
Quando isso se consumou as palavras perderam o sentido.
Por uma fração de segundos desisti de rasgar minhas cordas vocais, tamanha intensidade que você tocou em minha mais profunda nudez.
Juro que não vou gritar, não vou fingir timidez.
Já não posso mais falar.

Gabi

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Poesia na Praça


O Sol

Amanhece e, lá no monte, o sol desponta enquanto gotas de orvalho tão sublimes que caem banhando rosas, lírios nesta linda Aurora, provado o Amor.

(Franciane Maciel)